
A Igreja e a músicaFormaçãoA música sacra cristã ganhou as ruas da metrópole e recebeu influências da Grécia por meio dos professores trazidos de lá, que ensinavam às famílias romanas a teoria musical grega. Foi Gregório Magno, que, no século VI, adaptou os modos gregos para que fossem utilizados nas celebrações da Igreja Católica.A música sacra é comumente definida como a musicalidade erudita enraizada na tradição religiosa judaico-cristã. Ela é, na grade maioria dos casos, confundida com a música religiosa, de sentido mais amplo, e que se refere às canções presentes nas celebrações de praticamente todas as tradições religiosas. O tempo surgiu durante a Idade Média, quando foi estabelecida a criação de teorias musicais exclusivas para as músicas de Missas e de cultos.Notas musicais – Entre os formatos mais comuns de manifestações musicais sacras, chamadas de cantochão por seu vocal monódico (de uma só melodia), estão os motetes e os salmos, ambos baseados nos textos religiosos; a missa, vinda da liturgia católica e dividida em seis partes (Kyrie, Glória, Credo, Sanctus, Benedictus e Agnus Dei); e o réquiem, dedicado aos mortos, que além das partes utilizadas pela missa, possui outras próprias (Dies Irae, Confutatis, Lacrimosa). O canto Gregoriano, muito utilizado durante as Cruzadas, é a mais antiga forma de música sacra, na qual o texto é mais importante que a melodia. Essa ligação música – Igreja é mais estreita do que se imagina, pois foi o monge beneditino Guido d'Arezzo (992-1050), que criou o solfejo e batizou as sete notas musicais. Com a introdução da polifonia (harmonia com mais de uma linha melódica) nos ofícios religiosos, grandes compositores, das mais diferentes escolas, como a Renascentista, a Barroca, a Clássica, a Romântica e a Moderna desenvolveram obras sacras que se tornaram verdadeiros clássicos da música internacional. Bach, Haendel, Mozart, Penderecki, entre muitos outros gênios musicais, deram sua contribuição para escrever a História da Música Sacra.